Polícia apura morte de criança de dois anos após ingestão de bebida achocolatada; Vigilância interdita lotes
Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto
A Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), da Polícia Civil, instaurou inquérito policial para apurar as causas da morte de uma criança de 2 anos, após ingerir uma bebida achocolatada, em Cuiabá. A morte foi registrada na quinta-feira, 25. Por medida de segurança, lotes da bebida - da marca Itambé - foram interditados em todo Estado.
A mãe da criança, D.C.S, 28, informou que seu filho R.C.S.S, 02 anos, tomou a bebida, por volta das 9 horas, na residência da família, no bairro Parque Cuiabá. Ela contou que o filho estava há dois dias resfriado, soltando coriza pelo nariz, mas sem febre.
Conforme a mãe, o menino pediu algo para comer e, então, deu uma caixinha do achocolatado, da marca Itambé. Minutos após ingerir o líquido, o menino teria apresentado falta de ar, ficando com o “corpo mole e com princípio de desmaio”. A criança foi levada para atendimento na Policlínica do Coxipó, onde por cerca de uma hora os médicos tentaram reanimá-lo. A criança não resistiu e foi a óbito no local.
A mãe relatou que bebeu um pouco do achocolatado e também passou mal, sentindo tonturas e náuseas, assim como o tio da criança, que chegou a ser encaminhado à uma unidade hospitalar.
A liberação do corpo foi realizada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), junto ao Serviço de Verificação de Óbito, do Hospital Universitário Julio Muller, na Capital.
Perícia
Foram apreendidas cinco caixas do achocolatado da marca Itambezinho, sendo três fechadas e duas abertas - uma vazia, por ser a ingerida pela vítima. A mãe declarou que ganhou as cinco caixinhas de um vizinho, o qual não foi localizado para dar maiores informações.
O material foi encaminhado para o Laboratório Forense da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que irá realizar análises do produto e também exames com amostras colhidas da criança em exame de necropsia.
A Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo, mas já iniciou as oitivas para apurar as circunstâncias do fato, sob coordenação do delegado titular da Deddica, Eduardo Botelho.
Em decorrência da suspeita, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado de Mato Grosso solicitou interdição cautelar de todos os produtos Itambezinho Chocolate (sabor chocolate, rico em 10 vitaminas), com data de fabricação em 25/05/2016, validade 21/11/2016 e lote MA 21:18. Uma notificação foi encaminhada a todos os escritórios regionais para a apreensão dos produtos especificados.
A reportagem do Olhar Direto, a assessoria da Itambé disse estar recolhendo informações sobre o fato para fazer análise do produto e emitir nota oficial, alegando que nunca aconteceu nada parecido.
Em nota enviada à redação, a empresa reafirma o compromisso com a qualidade dos produtos.
Veja a íntegra:
"A Itambé foi notificada dos fatos hoje, relatados em Cuiabá, relacionados ao suposto consumo de um produto da linha de achocolatados Itambezinho (200ml). A empresa está em contato permanente com a Vigilância Sanitária regional e auxiliando na apuração dos fatos.
O referido produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote.
A Itambé realiza regularmente provas internas e em laboratórios externos de seus produtos e reitera seu compromisso com a qualidade. A empresa já disponibilizou as contraprovas para os órgãos oficiais e continuará trabalhando em conjunto para outros esclarecimentos que se fizerem necessários".
Olhardireto
Conforme a mãe, o menino pediu algo para comer e, então, deu uma caixinha do achocolatado, da marca Itambé. Minutos após ingerir o líquido, o menino teria apresentado falta de ar, ficando com o “corpo mole e com princípio de desmaio”. A criança foi levada para atendimento na Policlínica do Coxipó, onde por cerca de uma hora os médicos tentaram reanimá-lo. A criança não resistiu e foi a óbito no local.
A mãe relatou que bebeu um pouco do achocolatado e também passou mal, sentindo tonturas e náuseas, assim como o tio da criança, que chegou a ser encaminhado à uma unidade hospitalar.
A liberação do corpo foi realizada pela Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), junto ao Serviço de Verificação de Óbito, do Hospital Universitário Julio Muller, na Capital.
Perícia
Foram apreendidas cinco caixas do achocolatado da marca Itambezinho, sendo três fechadas e duas abertas - uma vazia, por ser a ingerida pela vítima. A mãe declarou que ganhou as cinco caixinhas de um vizinho, o qual não foi localizado para dar maiores informações.
O material foi encaminhado para o Laboratório Forense da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que irá realizar análises do produto e também exames com amostras colhidas da criança em exame de necropsia.
A Polícia Civil aguarda a conclusão do laudo, mas já iniciou as oitivas para apurar as circunstâncias do fato, sob coordenação do delegado titular da Deddica, Eduardo Botelho.
Em decorrência da suspeita, a Coordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado de Mato Grosso solicitou interdição cautelar de todos os produtos Itambezinho Chocolate (sabor chocolate, rico em 10 vitaminas), com data de fabricação em 25/05/2016, validade 21/11/2016 e lote MA 21:18. Uma notificação foi encaminhada a todos os escritórios regionais para a apreensão dos produtos especificados.
A reportagem do Olhar Direto, a assessoria da Itambé disse estar recolhendo informações sobre o fato para fazer análise do produto e emitir nota oficial, alegando que nunca aconteceu nada parecido.
Em nota enviada à redação, a empresa reafirma o compromisso com a qualidade dos produtos.
Veja a íntegra:
"A Itambé foi notificada dos fatos hoje, relatados em Cuiabá, relacionados ao suposto consumo de um produto da linha de achocolatados Itambezinho (200ml). A empresa está em contato permanente com a Vigilância Sanitária regional e auxiliando na apuração dos fatos.
O referido produto está no mercado há mais de uma década e nunca apresentou qualquer problema correlato. Até o presente momento, não tivemos nenhuma outra reclamação do mesmo lote.
A Itambé realiza regularmente provas internas e em laboratórios externos de seus produtos e reitera seu compromisso com a qualidade. A empresa já disponibilizou as contraprovas para os órgãos oficiais e continuará trabalhando em conjunto para outros esclarecimentos que se fizerem necessários".
Olhardireto