Estudante preso orientou Patrick pelo WhatsApp como esquartejar corpos de família na Espanha
A Polícia Civil da Paraíba apresentou na manhã desta sexta-feira (28), o estudante Marvin Henriques Correia, de 18 anos, suspeito de participar do assassinato da família paraibana na Espanha, em 17 agosto deste ano. O jovem foi preso no início da manhã de hoje, no bairro do Bessa, em João Pessoa.
De acordo com os delegados Reinaldo Nóbrega e Marcos Paulo Vilena, o estudante trocou mensagens através do aplicativo WhatsApp, no momento do crime, orientando Patrick Gouveia de como ele deveria proceder para esquartejar os corpos.
"As mortes iam sendo feitas e Patrick pedia sugestões e mostrava fotos dos corpos, e o Marvin interagindo com ele. A participação mostrou muita frieza, inclusive, até jocosa, eles ficaram rindo e ‘kkkkkk. Ah isso aqui está fedendo muito, rapaz eu pensei que não ia ter coragem, mas tive’, enfim, é algo muito assustador pela frieza”, disse o delegado Marcos Paulo Vilena.
O delegado Marcos Paulo informou ainda que, durante o interrogatório, Marvin se mostrou arrependido e disse que não sabia que essa participação era criminosa tendo em vista que estava em outro país. Mas segundo o delegado, a nenhum brasileiro é dado o desconhecimento da lei e ele ocorreu pela modalidade de partícipe em homicídio, que é inafiançável.
Reinaldo Nóbrega, delegado da Delegacia de Crimes contra a Pessoa, disse que no final dessa quinta-feira (28), recebeu uma determinação judicial do 2º Tribunal do Júri para cumprir o mandado de prisão do Marvin.
Ele informou, ainda, que a Polícia Federal chegou até o estudante através de um celular que tinha imagens dos corpos e toda a conversa. “Marvin teria emprestado o aparelho a um amigo, que ao ver as imagens acionou a PF”, disse o delegado.
O jovem havia sido interrogado pela Polícia Federal há duas semanas, e vinha sendo monitorado pela Polícia Civil. Ele irá responder pelo crime no Brasil. Na casa de Marvin, a Polícia apreendeu o livro A Parte Obscura de Nós Mesmos e um computador.
O advogado de Marvin, Sheyner Asfora, falou que vai tentar revogar a prisão do jovem e sustenta que seu cliente apenas trocou mensagens com Patrick. Para a defesa, ainda está cedo para afirmar que Marvin participou do crime de homicídio.
“Neste primeiro momento o que está se apurando é se ele efetivamente participou do crime de homicídio. Não se tem nenhuma conclusão no sentido de que ele instigou, ele ajustou, ele determinou, ele auxiliou de alguma forma para a prática de homicídio. O que se tem, a investigação preliminar mostra é que o Patrick, que já estava lá na Espanha, em determinado momento, porque conhecia o Marvin, encaminhou uma foto, então parte não do Marvin, parte do Patrick. Então nesse momento eles começam a trocar mensagens. Não quer dizer que já está caracterizado que ele participou da concretização para o crime de homicídio”, argumentou o advogado.
Asfora disse que ainda não teve acesso ao conteúdo das mensagens e afirmou que ainda não conversou com Marvin para saber por que o jovem não comunicou os fatos à polícia.
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