Geddel diz que governo conta com mais de 350 votos para
aprovar teto de gastos (PEC 241/16)
Para Geddel Vieira Lima, 280 parlamentares participaram do
jantar e firmaram compromisso de votar favoravelmente à PEC 241Valter
Campanato/Agência Brasil
Confiante na aprovação da proposta de Emenda à Constituição
(PEC 241/16) que limita o teto de gastos públicos, o governo espera contar com
mais de 350 votos para garantir a proposta, que deve ser votada em primeiro
turno nesta segunda-feira (10) na Câmara dos Deputados. A afirmação é do
ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, responsável pela
articulação política do governo.
O ministro falou com jornalistas após jantar oferecido pelo
presidente Michel Temer na noite de hoje (9), no Palácio da Alvorada, a
deputados que integram partidos da base aliada. Durante o jantar, o presidente
pediu aos parlamentares apoio para a aprovação da proposta.
De acordo com Geddel, cerca de 280 parlamentares
participaram do jantar e firmaram o compromisso de votar favoravelmente à
proposta. Para ser aprovado, o texto precisa de no mínimo 308 votos. “Foram um
pouco mais ou um pouco menos de 280, mas foi uma presença extremamente
expressiva . Vamos contar com quórum significativo e vamos aprovar a matéria.
Acho que com mais de 350 votos”, afirmou.
Agradecimento
Durante o evento, dois economistas falaram para tentar
convencer os deputados sobre a necessidade de aprovação da matéria. Em seguida
discursaram os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), que também defenderam a aprovação.
Temer foi o último a usar a palavra e, segundo Geddel,
agradeceu o apoio da base aliada. “O tom do presidente Temer foi de
agradecimento pelo apoio que tem sido dado e reafirmando a importância para o
país da aprovação expressiva dessa matéria.”
A PEC foi enviada pelo governo no primeiro semestre e
estabelece que, pelos próximos 20 anos, as despesas da União só poderão ser
reajustadas pela inflação do ano anterior.
Líderes
Além dos presidentes da Câmara e do Senado também estiveram
presentes os líderes Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Baleia Rossi (PMDB-SP),
Rogério Rosso (PSD-DF), Pauderney Avelino (DEM-AM) e Jovair Arantes (PTB-GO).
Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Dyogo Oliveira (Planejamento),
Mendonça Filho (Educação) e Ronaldo Nogueira (Trabalho) também participaram do
encontro.
Ainda de acordo com o ministro, no jantar Temer não falou
sobre a nota da Procuradoria-Geral da República, que classificou a proposta
defendida pelo governo como inconstitucional.
“Não falamos nem direta nem indiretamente. Este assunto já
foi tratado pelo presidente da Câmara e pelos lideres partidários. Achamos que
a nota não altera em nada o rumo para aprovar esta matéria”, acrescentou o
ministro, que classificou a nota como fruto de “convicções corporativas”.
Integração
Pelo Twitter, Temer agradeceu a presença dos parlamentares e
disse que 300 parlamentares compareceram ao jantar. “Essa integração entre
Executivo e Legislativo não vai parar amanhã e vai continuar até o fim do
governo."
A PEC é defendida pelo governo como essencial para controlar
o rombo nas contas públicas. A intenção do governo é que a votação ocorra
amanhã (10). Para isso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,
chegou a convocar uma sessão de debates para sexta-feira (7), que contaria como
prazo. A sessão não ocorrreu por falta de quórum.
Diante do cenário, o líder do governo na Câmara, André Moura
(PSC-SE), disse que deve propor um requerimento para quebrar o intervalo e
votar a proposta em primeiro turno ainda na noite desta segunda-feira. "
Vamos apresentar o requerimento amanhã pela manhã para que possamos votar logo
o texto", concluiu Moura.
Blog do Cobra : Iremos pagar uma conta que não é nossa e sim dos que roubaram e continua soltos, triste mais é a realidade o podre ira sofre as consequências.