BRASIL EM CHOQUE: Mãe de menina que era agredida e estuprada
dizia que criança tinha que sofrer
A delegada titular da Delegacia da Criança e do Adolescente
Vítima (Dcav), Juliana Amorim, afirmou, em entrevista nesta segunda-feira, que
já foram identificados dois suspeitos de estuprar e submeter a maus tratos uma
menina de 7 anos.
A mãe da criança, que permitia os abusos, foi presa ao tentar
fugir, em Nilópolis, na Baixada Fluminense, para uma comunidade no Rio. Ele é
suspeita dos crimes de estupro de vulnerável e tortura, praticados contra a
filha. A menina está internada numa UTI pediátrica sem previsão de alta médica.
— O caso começa no nascimento da criança. Ela foi
abandonada, criada por várias pessoas e viveu um ciclo de violência, que foi
interrompido pela polícia. Ela foi abandonada pela mãe. Quando voltou aos
braços da mãe, esta fazia tudo para infligir sofrimento a ela. A mãe dizia:
‘Tenho nojo dessa criança’ — relatou a delegada.
Segundo as investigações, a suspeita, de 44 anos, permitia
que homens que frequentavam sua casa praticassem sexo e outros atos libidinosos
com a criança. Dentre os suspeitos, estão um avô de consideração e o próprio
pai da menina. Segundo uma testemunha, a menina tinha objetos inseridos no
corpo – o que coincidiu com a análise médica.
— A mãe tem asco da criança. O estado de saúde da menina é
ruim. Ela tem fisionomia triste e não responde estímulos verbais. A irmã de 12
anos presenciava as agressões e era obrigada pela mãe a participar. A mãe
ameaçava parentes para não prestarem depoimento contra ela. Mas existem
familiares que querem a guarda da criança e eram impedidos pela mãe — disse o
delegado Rodrigo Moreira.
O delegado disse ainda que a mãe também teria sofrido
violência sexual, e tem um histórico de vícios e agressões. Ela tem pelo menos
sete filhos e oferecia as crianças.
PRISÃO EM FLAGRANTE
Em 5 de dezembro, a mulher foi presa em flagrante pelo crime
de maus tratos contra a filha. Segundo a Polícia, a suspeita teria levado a
criança a uma unidade de atendimento médico, onde alegou que ela havia se
ferido em uma queda. Os profissionais de saúde observaram que as lesões não
eram compatíveis com as alegações da mãe e acionaram a polícia. O delegado de
plantão autuou a mãe em flagrante pelos maus tratos e, por terem sido
observadas lesões sugestivas de abuso sexual na criança, encaminhou nova
investigação, desta vez por estupro, para a Dcav.
Em audiência no dia seguinte, a mãe da criança conseguiu o
direito de responder pelo crime em liberdade. Após reunir novas provas, a
delegada pediu a prisão da suspeita, que foi decretada pela Justiça. A mãe,
então, foi presa novamente na última sexta-feira.
Segundo a delegada, a mãe da menina nega todos os crimes e
diz que considerava tudo “absolutamente normal”. A irmã da vitima, de 12 anos,
cujo testemunho é considerado fundamental, deve ficar com uma tia.
Essa menina de 12 anos era obrigada, ainda de acordo com a
delegada, a bater na irmã.
— O atual companheiro da suspeita chegou a dizer que
considerava terminar com o relacionamento porque ela era muito agressiva com as
crianças — afirmou.
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Opine com responsabilidade sem usar o anonimato usando a Liberdade de Expressão assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.
Liberdade de expressão é o direito de todo e qualquer indivíduo de manifestar seu pensamento, opinião, atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem censura, como assegurado pelo artigo 5º da Constituição Federal.