Menino de 7 anos com doença rara recebe transplante de coração de potiguar no DF
Foto: Divulgação
Nicholas Araújo Arimateia, de 7 anos, aguardava ansioso, em Brasília (DF), o coração transportado pela Força Aérea Brasileira nesta terça-feira (27). O pequeno natalense recebeu o órgão de outro menino, também potiguar, que faleceu na segunda-feira (26), aos 10 anos no Hospital Varela Santiago, na capital do Rio Grande do Norte.
Há cerca de um ano a família descobriu que Nicholas é portador de uma doença rara, a miocardiopatia restritiva, que faz com que o músculo do coração seja muito rígido, prejudicando a circulação do sangue pelo corpo.
Em outubro, o menino sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o que agravou sua condição e fez com que fosse colocado em primeiro lugar na fila do transplante cardiopediátrico. No início de novembro, ele começou a ser acompanhado pela equipe do ICDF, já que o transplante cardiológico é realizado, no Brasil, apenas em São Paulo, Curitiba, Fortaleza e na capital federal.
A família mudou-se para Brasília para acompanhar o tratamento de Nicholas e começou uma campanha nas redes sociais e na imprensa em prol das doações de órgãos. Apenas um dia antes do transplante, mais uma matéria sobre a história do menino havia sido veiculada em um jornal brasiliense.
Depois de muito tempo de espera, a família recebeu uma boa notícia. Na terça-feira, 27, o Esquadrão Guará (6º ETA) foi acionado por volta das 8h30 para dar apoio à equipe que transportou o coração.
Uma aeronave Learjet transportou os três médicos do Centro de Transplantes de Órgãos de Brasília até Natal, onde a cirurgia de retirada do órgão teve início por volta de 12h. Às 15h, a aeronave da FAB decolou de volta para Brasília transportando o coração e a equipe médica.
Segundo o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), onde foi realizada a cirurgia, o menino está estável e permanece em recuperação na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). "O procedimento iniciou-se por volta das 18h, teve quatro horas de duração, e transcorreu sem anormalidades", diz o boletim médico.
A família deve passar mais um ano em Brasília para acompanhar o tratamento do filho.
Mossoro Hoje Com informações FAB
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