A Guerra não para - Presos voltam a entrar em confronto em Alcaçuz, no Rio
Grande do Norte
Natal - Detentos de Alcaçuz entram em confronto na
Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada na região metropolitana de Natal
(RN) Reprodução de TV
Detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Natal
(RN), voltaram a entrar em confronto na manhã de hoje (19). As cenas de um
combate de grandes proporções estão sendo transmitidas ao vivo pela TV. Pelo
quinto dia consecutivo, os detentos voltaram a subir nos telhados dos pavilhões
e a se espalhar pelo pátio do estabelecimento. De sábado para domingo, a
unidade foi palco de uma rebelião que deixou pelo menos 26 mortos.
Integrantes de facções rivais se enfrentam enquanto, do lado
externo dos muros, policiais militares e agentes penitenciários tentam retomar
o controle da situação e evitar uma nova chacina. Viaturas da Polícia Militar
fazem a ronda ao redor do perímetro externo da penitenciária e helicópteros
sobrevoam o local. Balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo foram
disparadas das guaritas de vigilância instaladas nas muralhas da penitenciária.
Grupos de presos foram filmados transportando em carrinhos
de mão alguns detentos feridos.
Desde o último final de semana, unidades prisionais do Rio
Grande do Norte são palco de confrontos e ameaças entre presos membros de
facções criminosas rivais. De sábado para domingo, pelo menos 26 presos que
cumpriam pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz foram assassinados por
outros detentos durante uma rebelião de mais de 14 horas de duração. Desde
então, presos circulam livremente pelo pátio da unidade, portando facas, barras
de ferro e paus. As autoridades estaduais de segurança pública desconfiam que o
número de mortos no confronto entre presos pode ser maior e que corpos podem
ter sido jogados em fossas de esgoto na área interna do presídio.
O governo do Rio Grande do Norte pediu ao governo federal o
envio de equipes das Forças Armadas para auxiliar as forças locais a
inspecionarem o interior dos presídios estaduais em busca de armas, aparelhos
celulares, drogas e outros produtos e substâncias proibidas. Tropas da Força
Nacional de Segurança Pública também já atuam no estado desde setembro do ano
passado, auxiliando a Polícia Militar no policiamento ostensivo.
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