EMPARN prevê chuvas em maior volume nesse ano de 2017
O Rio Grande do Norte deve receber chuvas em maior volume
entre os meses de fevereiro e abril. Nas regiões Oeste e Central, o prognóstico
é que as precipitações fiquem dentro da normalidade, variando de 400mm a 600mm.
Já para o Agreste e Litoral a expectativa não é boa: as chuvas devem ficar
abaixo da normalidade, variando entre 200 e 300mm.
A análise foi feita durante
o XIX Workshop Internacional de Avaliação Climática para o Semiárido
Nordestino, realizado esta semana em Fortaleza. De acordo com o relatório, há
35% de possibilidade de as chuvas ficarem abaixo da média histórica; 40% dentro
da média e 25% de chover acima da média no RN.
O gerente de Meteorologia da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), Gilmar Bristot, que participou do
encontro juntamente com pesquisadores de agências meteorológicas de vários
estados do Nordeste e de agências internacionais, explica que há uma forte
tendência de neutralidade nas temperaturas do Oceano Pacífico, excluindo assim
a influência dos fenômenos El Niño e La Niña em maior intensidade. Essa
indefinição aumenta a relevância da análise das diferenças de temperaturas
entre o norte e o sul do Oceano Atlântico. Se a parte sul estiver mais
aquecida, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) tende a se posicionar
também ao sul da Linha do Equador, atuando de forma mais favorável às chuvas.
De acordo com Gilmar, essa análise deve ser feita bem
próximo ao início do período chuvoso, dando mais confiabilidade à previsão.
Além desses fatores, também são levados em consideração a atividade solar – que
está entrando em queda – favorecendo assim a ocorrência de chuvas, e o fato de
que ao longo dos anos os meteorologistas observam que após um período de seca
intensa causada pelo fenômeno El Niño, se segue um período mais propício à
ocorrência de chuvas. “2017 está se configurando como um ano de transição entre
o período seco e o período chuvoso. As condições ainda não são ideias, mas
acreditamos que o cenário de estiagem intensa não deve se repetir este ano”,
afirma o meteorologista.
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